" Música Boa ": abril 2012

"Mulher até o fim"...

Quanta saudade do tempo da solidão, onde eu era feliz por saber sofrer;

Que venham outras solidões para eu aprender a viver;

Ser só não é estar em uma ilha, e sim, ser uma ilha;

Os ventos de Maio me revigoram e eu caminho sem o teu alento, talvez seja para eu dar um tempo e pensar na criação;

Os sonhos são uma constante em meu viver, me acompanham até mesmo sem eu querer e me lavam pra você;

Tenhamos calma e paciência para entender os desígnios da vida, assim serei por ser mulher;

Me fale de amor mas não me tenha por temor, sou mulher e sei esperar o que o tempo reservou pra mim;

Teus sonhos não são mais análogos aos meus, passastes como um furacão e nem deixastes saudade do tempo em que ainda tínhamos a paixão. Sou mulher e sigo o meu caminhar para um dia alguém encontrar e, diante da altivez de um cavalheiro, saber e aprender a amar;

Sou mulher de garra e tenho as "tetas" da sobrevivência não somente a frente do meu tórax, mas na mente e no coração para dar a um irmão ainda que ele venha a me cativar com a sede de amar;

Paz eu tenho e conquisto porque não sou dependente das ações alheias, me viro do avesso e ando pelas areias com as pegadas do senhor que, ainda que elas desapareçam, sei que estas comigo em sue colo afetuoso e cheio de esperança, por eu ser mulher.

Homenagem a querida e "reencontrada", Georgia.

Iran Damasceno (06/04/2012)